Resumo
Histórico
O
Supremo Conselho do Brasil para o Rito Escocês Antigo e
Aceito foi fundado no Estado do Rio de Janeiro em 12 de Novembro
de 1832. Seu fundador nasceu em Salvador em 23 de Março
de 1794 sendo seu nome de batismo, Francisco Gomes Brandão.
Foi Senador do Império, Ministro de Estado e Visconde de
Jequitinhonha, tendo mudado seu nome para Francisco Gê Acaiaba
de Montezuma. Foi diplomado em direito por Coimbra, foi deputado
à Constituinte de 1823, tendo sido deportado junto com
José Bonifácio depois do fechamento da Constituinte.
Tornou-se maçom na Europa e retornou do exílio em
1831.
A
fundação do Supremo Conselho do Brasil, em 12 de
Novembro de 1832 foi autorizada por uma patente fornecida pelo
Supremo Conselho dos Países Baixos (hoje, a Bélgica),
quando se encontrava exilado na Europa, para onde fora após
a queda dos Andradas, em 1823. Ele se encontrava na Europa de
onde só retornou após a abdicação
do Imperador Dom Pedro I, em 7 de Abril de 1831.
Francisco
Gê Acaiaba Montezuma (1794-1870), assumiria a partir de
1851 o cargo de Senador do Império tendo sido radical defensor
pela imediata abolição da escravatura. Permaneceu
como 1º Soberano Grande Comendador, desde a inauguração
até o dia 12 de Novembro de 1835, quando passou o cargo
para o 2º ocupante, que foi Antonio Carlos Ribeiro de Andrada
Machado e Silva. Montezuma foi um idealista que transformou a
construção do Supremo Conselho em Jurisdição
Litúrgica do mais importante e difundido Rito Maçônico
no Brasil, como corpo filosófico de mais alto nível
no contexto maçônico.
O
trabalho dos seguidores de Montezuma que permaneceram aliados
ao Grande Oriente do Brasil, em especial nos últimos 30
anos, foi de primar pela probidade, pelo estudo, pela concessão
de graus mediante rigorosas regras escocesas e pela expansão
ordenada das Lojas de Perfeição, Sublimes Capítulos
Roza Cruz, Conselhos Filosóficos de Kadosh e Consistórios
de Príncipes de Real Segredo, em todos os recantos do país.
O Supremo Conselho de Montezuma está solidamente organizado
e possui um extenso patrimônio situado no Estado do Rio
de Janeiro possuindo em toda extensão territorial do país
cerca de 900 câmaras filosóficas em pleno funcionamento.
>> Visite o Supremo
Conselho do Brasil para o Rito Escocês Antigo e Aceito
no Campo de São Cristóvão - Rio de Janeiro
- Brasil.
>>
>> FONTE: Supremo
Conselho do Brasil para o Rito Escocês Antigo e Aceito -
Templos Escoceses, Museu, Pinacoteca e Biblioteca; Autor Cláudio
Roque Buono Ferreira; Ano de Publicação 2000; Editora
Copy Show - São Paulo-Brasil.
O
Grande Oriente do Brasil e o Supremo Conselho do Brasil para o
REAA
O
Grande Oriente do Brasil, Potência Simbólica,
fundada em 17 de Junho de 1822, cujo atual Soberano Grão-Mestre
Geral é o Ir.·. Laelso Rodrigues, com sede em Brasília,
na Av. W-5-SGAS 913 - Módulos 60/61, mantém desde
a fundação do Supremo Conselho do Brasil para o
REAA reconhecimento mútuo, contínuo e constante,
sendo que em 1854 houve a total fusão das duas obediências
quando era Soberano Grande Comendador o Duque de Caxias (Patrono
do Exército Brasileiro).
Essa
fusão só seria desfeita em 1951, quando, pela Constituição
do Grande Oriente do Brasil aprovada nesse ano, as duas Obediências
tornaram-se independentes uma da outra, originando o atual "Tratado
de Amizade e Aliança", de mútuo reconhecimento
e que, continua em vigor até hoje, pelo qual, o Supremo
Conselho do Brasil para o REAA reconhece o Grande Oriente do Brasil
como única Potência Regular, legítima e soberana
no Brasil, para os três graus simbólicos.
Por
seu lado o Grande Oriente do Brasil reconhece o Supremo Conselho
do Brasil para o REAA, como única Potência Regular,
legal, legítima, soberana e Chefe do Rito, com exclusiva
autoridade e jurisdição no Brasil. O Grande Oriente
do Brasil tem 1906 Lojas Simbólicas em todo o território
brasileiro, com 105.743 membros ativos e regulares, dos quais
mais de 80% são do REAA.
Os
Graus Maçônicos no REAA
>>
INTRODUÇÃO
Após
ter sido iniciado nos mistérios dos graus simbólicos,
o maçom adquire a possibilidade de passar a estudar a
filosofia presente nos graus ditos filosóficos. A maiororia
dos autores afirmam o quanto é escasso o material escrito
a respeito dos Altos Graus, ficando o Ir.·. restrito
aos ensinamentos dos Rituais, os quais, nem sempre oferecem
um estudo que se possa adjetivar como completo.
Assim sendo, pretendemos aqui esboçar ao Ir.·.,
tendo como guia o autor Nicola Aslan, em seu "Instruções
Para Lojas de Perfeição", uma pequena síntese
do que sejam os Graus Maçônicos, em especial os
Graus Filosóficos.
>> GRAUS MAÇÔNICOS
Se
nos perguntássemos : Qual a razão de ser dos Graus
Maçônicos ? Qual seria a resposta ?
Tal questionamento está inserido em um dos Capítulos
da obra supra citada, e nos passa como resposta o que passamos
a sintetizar:
Se tomarmos como premissa que a Maçonaria é uma
ciência, assim como a definem os anglo-saxônicos,
certamente diremos que se trata de uma "ciência complexa,
vasta, difícil, e que abrange todas as ciências
que constituem o fundo comum das religiões, das artes
e da filosofia de todos os povos do mundo, desde os tempos mais
primitivos". Esta afirmação de Nicola Aslan
nos dá a profundidade da dimensão do estudo necessário
para se compreender os mistérios maçônicos.
Logo,
um dos principais objetivos da Maçonaria é o estudo,
através da pesquisa da Verdade, no afã de possibilitar
a continuidade da instituição, sendo que, segundo
o autor, as atividades sociais, filantrópicas, administrativas,
litúrgicas, e outras são instrumentos utilizados
pela Maçonaria para motivar e vitalizar as Lojas.
A
Maçonaria adota um método iniciático de
ensino de suas doutrinas, calcado na interpretação
de símbolos, os quais intuitivamente, vão permeando
pelo desenvolvimento auto-didático e pessoal do maçom,
na medida em que não se dispõem de organizações
metódicas de estudo e de instrução em conjunto,
fazendo com que os impulsos de cada indivíduo leve-o
ao conhecimento necessário para a busca da iluminação
interior.
Logo, o método de ensino iniciático necessita
ser conhecido através de vários degraus, os Graus
Maçônicos, que levarão o iniciado a transformar-se
em "cidadão consciente, disciplinado e cumpridor
de seus deveres, pedra polida para ser utilizada na construção
do Templo Ideal da Humanidade".
Se
um dos principais objetivos da Maçonaria é o estudo
utilizando-se de um ensino iniciático que progride a
cada grau, podemos afirmar que o objetivo dos graus filosóficos
é fazer com que o Ir.·. vá adquirindo "passo
a passo", para utilizar uma linguagem cotidiana, uma classe
iniciática onde se encontram partes da doutrina maçônica.
Vale lembrar que o conteúdo filosófico de cada
grau "veiculam muitas vezes opiniões e preconceitos
vigentes na época em que foram redigidos, mas posteriormente
modificados por descobertas científicas, por acontecimentos
políticos ou outros fatores de transformação
e de progresso".
Visto isto, perguntamos então :
Qual
o conteúdo dos graus filosóficos do R.·.E.·.A.·.A.·.,
sua nomenclatura e divisão ?
Afirma
o autor, em seu trabalho do qual estamos extraindo esta síntese,
que existem numerosos sistemas de Altos Graus, "todos eles
denominados escocistas, mas, na presente obra, examinaremos
apenas o R.·.E.·.A.·.A.·., por ser
o mais difundido no Brasil e por ser o mais espalhado em quase
todos os países, formando assim uma cadeia de união
universal, através dos seus Supremos Conselhos.
Os graus deste sistema de Supremos Conselhos são agrupados
em séries, e cada série possui uma finalidade
ou um objetivo, que deverão ser atingidos através
da iniciação."
Lembremo-nos que os graus simbólicos, Aprendiz e Companheiro
, são de origem operativa e estão diretamente
ligados aos ensinamentos da moral e ao desbaste da Pedra Bruta,
utilizando-se das ferramentas associadas às virtudes
e qualidades necessárias à transformação
que levarão o ser imperfeito à Pedra Polida. Já
o grau de Mestre é essencialmente "iniciático
e esotérico, e contém todas as doutrinas que serão,
posteriormente, objeto das instruções dos graus
superiores."
Recebem o título de graus universais por serem comuns
a todos os Ritos. Porém, nos seus Altos Graus, cada Rito
tem a sua própria nomenclatura.
>>
Passemos à nomenclatura dos Altos Graus do R.·.E.·.A.·.A.·.,
onde é conveniente falarmos da divisão relacionada
ao ensinamento e à concessão, pela Loja, dos diversos
graus do R.·.E.·.A.·.A.·., os quais
são relacionados como segue :
TIPO
DE LOJA
|
TIPOS
DE GRAUS
|
GRAUS
CONCEDIDOS
|
LOJA
SIMBÓLICA
|
GRAUS
SIMBÓLICOS
|
1º
, 2º E 3º
|
LOJA
DE PERFEIÇÃO
|
GRAUS
INEFÁVEIS
|
4º
AO 14º
|
LOJA
CAPITULAR
|
GRAUS
CAPITULARES
|
15º
AO 18º
|
CONSELHO
KADOSH
|
GRAUS
FILOSÓFICOS
|
19º
AO 30º
|
CONSISTÓRIO
|
GRAUS
ADMINISTRATIVOS
|
31º
E 32º
|
SUPREMO
CONSELHO
|
GRAU
ADMINISTRATIVO
|
33º
|
A nomenclatura dos Altos Graus do R.·.E.·.A.·.A.·.,
bem como algumas considerações sobre o seu significado
é a que segue abaixo :
>> GRAUS
INEFÁVEIS CONCEDIDOS PELAS LOJAS DE PERFEIÇÃO
GRAU |
NOMENCLATURA |
BREVES
CONSIDERAÇÕES |
4º |
Mestre
Secreto |
Grau
de meditação; os verdadeiros segredos da Maçonaria
devem ser objeto de pesquisas; |
5º |
Mestre
Perfeito |
Grau
de meditação; estudar a filosofia da natureza
e a solução da quadratura do círculo
filosófico; |
6º |
Secretário
Íntimo |
O
Grau é baseado na idéia de aprendizagem do
comando, e sua moral resume-se no respeito que devemos Ter
aos segredos alheios; |
7º |
Preboste
e Juiz( ou Mestre Irlandês) |
É
consagrado à equidade severa com a qual devemos julgar
nossas ações; |
8º |
Intendente
dos Edifícios (ou Mestre em Israel) |
A
liberdade é o único traço de união
entre o trabalho e a propriedade; |
9º |
Mestre
Eleito dos Nove |
Grau
de Iluminação . Consagra-se ao zelo virtuoso
e ao talento esclarecido que, por bons exemplos e generosos
esforços, vingam a verdade e a virtude do erro e
do vício; |
10º |
Ilustre
Eleito dos Quinze |
Consagrado
à extinção de todas as paixões
e de todas as tendências censuráveis; |
11º |
Sublime
Cavaleiro Eleito |
Consagrado
à regeneração dos costumes, às
ciências e às artes; |
12º |
Grão
Mestre Arquiteto |
Representa-se
o povo e consagra-se à coragem perseverante |
13º |
Real
Arco |
Destinado
a interpretação dos primeiros instituidores
da Ordem; |
14º |
Grande
Eleito, ou Perfeito e Sublime Maçom |
Consagrado
ao Grande Arquiteto do Universo; |
>> GRAUS
CAPITULARES CONCEDIDOS PELOS CAPÍTULOS ROSA-CRUZ
GRAU
|
NOMENCLATURA |
BREVES
CONSIDERAÇÕES |
15º |
Cavaleiro
do Oriente |
Esse
Grau aborda o momento histórico do fim do exílio
dos hebreus na Babilônia; |
16º |
Príncipe
de Jerusalém |
O
Grau é consagrado ao retorno à Terra Santa; |
17º |
Cavaleiro
do Oriente e do Ocidente |
Grau
consagrado aos cruzados; |
18º |
Cavaleiro
Rosa-Cruz |
Esse
grau celebra o advento de Cristo; |
>> GRAUS
FILOSÓFICOS CONCEDIDOS POR UM CONSELHO KADOSH
GRAU
|
NOMENCLATURA |
19º
|
Grande
Pontífice ou Sublime Escocês, dito da Jerusalém
Celeste |
20º |
Soberano
Príncipe da Maçonaria ou Mestre ad-vitam |
21º |
Noaquita
ou Cavaleiro Prussiano |
22º |
Cavaleiro
do Real Machado ou Príncipe do Líbano |
23º |
Chefe
do Tabernáculo |
24º |
Príncipe
do Tabernáculo |
25º |
Cavaleiro
da Serpente de Bronze |
26º
|
Príncipe
de Merci ou Escocês Trinitário |
27º |
Grande
Comendador do Templo ou Soberano Comendador do Templo de
Jerusalém |
28º |
Cavaleiro
do Sol ou Príncipe Adepto |
29º |
Grande
Cavaleiro Escocês de Santo André ou Patriarca
dos Cruzados |
30º
|
Grande
Inquisitor ou Cavaleiro Kadosh ou Cavaleiro da Águia
Branca e Negra |
>>
GRAUS ADMINISTRATIVOS CONCEDIDOS PELO CONSISTÓRIO
GRAU
|
NOMENCLATURA |
31º
|
Grande
Inspetor , Inquisitor Comendador |
32º |
Sublime
Príncipe do Real Segredo |
>> ÚLTIMO
GRAU ADMINISTRATIVO CONCEDIDO PELO SUPREMO CONSELHO
GRAU
|
NOMENCLATURA |
33º |
Soberano
Grande Inspetor Geral |
>>
FONTE: "Instruções
para Lojas de Perfeição"; Nicola Aslan;
Ed. "A TROLHA"; Ano de Publicação:
1994; 1ª Edição. |
|
|